terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ponte de Lima

Outra cidadezinha muito simpática que visitamos e adoramos, foi Ponte de Lima.

Em pleno coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. Foi a Rainha D. Teresa quem, na longínqua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Terra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, mandou muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo medieval cercado de muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das restantes e de toda a estrutura defensiva de então, fazendo-se o acesso à vila através de seis portas.


A ponte, que deu nome a esta nobre terra, adquiriu sempre uma importância de grande significado em todo o Alto Minho, atendendo a ser a única passagem segura do Rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Média. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um troço significativo na margem direita do Lima, sendo a medieval um marco notável da arquitetura, havendo muito poucos exemplos que se lhe comparem na altivez, beleza e equilíbrio do seu todo. Referência obrigatória em roteiros, guias e mapas, muitos deles antigos, que descrevem a passagem por ela de milhares de peregrinos que demandavam a Santiago de Compostela e que ainda nos dias de hoje a transpõem com a mesma finalidade.

A partir do século XVIII a expansão urbana surge e com ela o início da destruição da muralha que abraçava a vila. Começa a prosperar, por todo o concelho de Ponte de Lima, a opulência das casas senhoriais que a nobreza da época se encarregou de disseminar. Ao longo dos tempos, Ponte de Lima foi, assim, somando à sua beleza natural magníficas fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas, aumentando significativamente o valor histórico, cultural e arquitetônico deste rincão único em todo o Portugal.

E por sorte nossa, estava havendo uma festa medieval na cidade, é a tradicional Feira Medieval de Ponte de Lima.











Como em todo canto que parávamos, entramos em um café e tomamos 1 bica e 2 pingos.



Pegamos a estrada novamente e fomos rumo à Espanha, mais precisamente, Santiago de Compostela, na Galícia.

Cidadezinhas simpáticas

De volta às vicinais, achamos Santo Tirso, De 978 até 1834 constituiu um couto cuja sede era o Mosteiro de Santo Tirso, possuindo propriedades por todo o Entre Douro e Minho. De 1836 até 1998 o atual concelho da Trofa esteve integrado no de Santo Tirso, que era, por isso, um dos 20 mais populosos do país. A cidade de Santo Tirso foi o berço da industrialização têxtil em Portugal. A fábrica Fiação e Tecidos Rio Vizela, fundada em 1845, nas freguesias de Vila das Aves e São Tomé de Negrelos, foi a primeira unidade do ramo no país, chegando também a ser maior fábrica portuguesa.




Tivemos a oportunidade de visitar o Mosteiro de Santo Tirso (ou também Mosteiro de São Bento ) é um mosteiro localizado na freguesia de Santo Tirso, concelho de Santo Tirso.

O mosteiro foi fundado por D. Unisco Godiniz e seu marido Abunazar Lovesendes, primeiro senhor da Maia e ancestral desta família, em 978, conforme documento publicado por D. António Caetano de Sousa.

O Couto do mosteiro foi instituído e doado em 1097 pelos condes D. Henrique e D. Teresa a Soeiro Mendes da Maia, que, por sua vez, o doou em 1098 ao D. Abade do mosteiro, Gaudemiro, tornando o mosteiro num dos mais poderosos do país, tendo obtido, inclusive, Bulas de proteção dos Papas Inocêncio III e Honório III. Em 15 de Outubro de 1385, e em 6, 7, 8 de Agosto de 1409 o mosteiro recebe a visita de D. João I.

No século XV foi edificada a igreja monástica por benemerência de Martim Gil, conde de Barcelos. Desta igreja restam alguns vestígios arqueológicos.

A atual igreja matriz foi construída em 1659 - 79, com projecto de Frei João Turriano, filho de um arquitecto milanês, Leonardo Turriano. Possuí planta de cruz latina e é de uma só nave. A fachada possuí três nichos em que estão alojadas as esculturas de Santo Tirso ao centro, ladeado por S. Bento e Santa Escolástica. No tímpano encontra-se inscrita a data de 1679 que, hipoteticamente, representa o termo da construção da igreja.

Ao mosteiro pertenceram as terras do couto até ao século XIX, quando se deu a expropriação dos bens das ordens religiosas em 1834. Em 11 de Maio desse ano, 46 dias após a retirada dos monges de S. Bento, toma posse a Comissão Municipal interina do futuro concelho de Santo Tirso, a qual ficaria sediada num dos edifícios do mosteiro.

Após a secularização o mosteiro é dividido; uma parte fica para um particular, outra para repartições públicas (Câmara Municipal - nas antigas hospedarias conventuais, Tribunal e Administração do concelho) e o Asilo Agrícola Conde S. Bento, e uma última parte para residência paroquial.

O mosteiro está classificado como Monumento Nacional desde 1982.







Neste Mosteiro, funcionava uma vinícola, de vinhos verdes.









Pegamos a estrada novamente e continuamos a viagem.


Visitamos O Castelo de Guimarães que se localiza na freguesia de Oliveira do Castelo, cidade e concelho de Guimarães, no distrito de Braga.

Em posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, este monumento encontra-se ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal, sendo designado popularmente como berço da nacionalidade.

Classificado como Monumento Nacional, em 2007 foi eleito informalmente como uma das Sete maravilhas de Portugal.















Visitamos a Sé de Braga que se localiza na freguesia da Sé, cidade e concelho de Braga, distrito de mesmo nome..

Constitui-se na sede do bispado fundado, segundo a tradição, por São Tiago Maior que aqui terá deixado como primeiro bispo o seu discípulo, São Pedro de Rates. Devido a essa origem apostólica é considerada como Sacrossanta Basílica Primacial da península Ibérica, e o seu Arcebispo, Primaz das Espanhas. Possui liturgia própria, a liturgia bracarense.

Considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico no país, aqui encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha, conde de Portugal e sua esposa, Teresa de Leão, pais de D. Afonso Henriques.





A cidade de Braga é muito bonitinha, com suas fachadas simpáticas e o povo, como sempre em Portugal,  muito hospitaleiro.








A fome foi batendo e decidimos parar para almoçar. Achamos um restaurante que nos parecia ser legal, paramos e pedimos o rango. Tudo estava uma delícia, eu comi uma francesinha.



Aproveitamos para visitar o Santuário do Bom Jesus do Monte, também referido como Santuário do Bom Jesus de Braga, localizado na freguesia de Tenões, na cidade, concelho e distrito de Braga.

Este santuário católico constitui-se num conjunto arquitetônico paisagístico integrado por uma igreja, uma escadaria onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, uma área de mata (Parque do Bom Jesus), alguns hotéis e o funicular (Elevador do Bom Jesus), que estava fechado.

A sua peculiar disposição serviu de inspiração para outras construções, como por exemplo o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego, e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos na cidade de Congonhas, em Minas Gerais, no Brasil
















Visitamos também o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro (ou, simplesmente, Santuário do Sameiro) é um santuário mariano, cuja construção se iniciou em 14 de Julho de 1863. O fundador deste santuário foi o vigário de Braga, Padre Martinho António Pereira da Silva, natural de Semelhe, que em 1871 fez colocar, no cume da montanha, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Este santuário é um dos centros de maior devoção mariana em Portugal, logo depois do Santuário de Fátima e do Santuário da Mãe Soberana. Neste Templo, concluído no século XX, destaca-se no seu interior o altar-mor em granito branco polido, bem como o sacrário de prata. Em frente do Templo ergue-se um imponente e vasto escadório, no topo do qual se levantam dois altos pilares, encimados com a imagem da Virgem Maria e do Sagrado Coração de Jesus.











Após as visitas religiosas, não que sejamos, pegamos a estrada novamente.